Quem vai suceder Welberth? Entre águias, pavões e abutres, a disputa já começou
- André Luiz Cabral
- há 1 minuto
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Engana-se quem pensa que o prefeito da cidade mais rica da Costa do Sol abriria mão de eleger um sucessor para chamar de seu. Dono de números superlativos — da reeleição histórica com mais de 85% dos votos ao cobiçado orçamento municipal que ultrapassa os R$ 5 bilhões —, Welberth Rezende evita comentários públicos, mas o tema sucessão está no seu radar desde o primeiro dia do segundo mandato.
A pergunta que se impõe é: entre águias, abutres e pavões, quem sairá na frente nessa disputa primitiva pelo trono?
Antes de falar de nomes, prefiro fazer aqui uma provocação: em vez de apontar diretamente os personagens dessa corrida, que tal interpretá-los como arquétipos — misturando a teoria de Carl Jung com a alegoria política de A Revolução dos Bichos, de George Orwell? Se tratarmos as personas políticas como os “bichos da fazenda”, podemos identificar três perfis que hoje travam uma guerra silenciosa pela sucessão de Welberth: a Águia, o Pavão e o Abutre.
1 - O Pavão - É o arquétipo mais comum em qualquer corrida eleitoral. O pavão é vaidoso, superficial e viciado em holofotes. Contrata um "especialista" em marketing político e começa a entupir os feeds com selfies, agendas cheias e aparições ensaiadas. Acredita que visibilidade é sinônimo de viabilidade. Engano crasso. Aparência sem essência é a armadilha clássica do político vaidoso. Por isso, o pavão costuma ser o primeiro a ser abatido. Bonito de longe, irrelevante de perto.
2 - A Águia - Esse é um tipo mais perigoso. Com visão apurada e movimentos calculados, a águia não desperdiça energia. Não aparece tanto quanto o pavão, mas cada passo é estrategicamente dado rumo ao seu alvo. Enquanto o pavão estufa o peito no solo, a águia observa do alto, esperando o momento exato de atacar. E quando ataca, quase sempre é fatal — silenciosa, letal, imprevisível.
3 - O Abutre - Este é um arquétipo mais discreto, mas igualmente oportunista. Como a águia, também está à espreita, mas seu alvo é outro: o cadáver político. Enquanto a águia caça o vivo, o abutre se alimenta do que sobrou após a crise. No jogo político, o abutre é aquele que sobrevive das ruínas: só aparece quando a desgraça está instaurada. E não se engane — nem todos estão na oposição. Muitas vezes, o abutre é alguém do círculo íntimo, à espera da oportunidade certa para se mostrar.
Em breve, nomes, fatos e movimentações começarão a deixar claro quem é quem nesse zoológico político. Mas por ora, a pergunta segue no ar: quem vai conquistar o favor do rei — ou assumir o trono quando ele sair de cena?
Aguardem. O jogo está apenas começando.
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