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Dr. Aluízio sobre royalties: cinco é maior do que dez


A matemática pode parecer maluca mas, após ouvir as explicações dada pelo prefeito de Macaé, Dr. Aluízio para apoiar a redução da alíquota dos royalties de 10% para 5% qualquer pessoa acaba se convencendo que 5%, a médio e longo prazo, vai acabar se tornando maior do que 10%. Isso porque, com a alíquota reduzida, mais empresas investirão na Bacia de Campos, atraindo mais empregos o que vai acabar se traduzindo em mais dinheiro, de qualquer forma para a prefeitura. "Com mais gente empregada, será mais gente com plano de saúde, educação privada, etc. Ou seja, o peso sobre a administração pública será reduzido fazendo a gestão dos municípios ser menos onerosa", explicou.

Adotando um discurso mais liberal, do ponto de vista econômico, o prefeito foi além e afirmou que está enviando à Câmara Municipal uma reforma tributária do município, reduzindo impostos para tornar a cidade mais competitiva. "O dinheiro que realmente importa é o dinheiro na mão do trabalhador e não do governo. Precisamos entender que a Bacia de Campos já representou 80% do mercado nacional e hoje representa apenas 50%, devido ao crescimento da produção em Santos. Não tenho dúvidas que, já na semana que vem, Santos passará a nossa região. Não podemos ficar parados perante isso, se não fizermos nada,  vamos perder tudo", alarmou.

Garantia da Petrobras — Aluízio, fez uma explanação ontem sobre a campanha "Menos royalties, mais empregos" em encontro com empresário e políticos no Centro de Convenções. Na ocasião, ele explicou que a ideia foi encampada por ele após ouvir, do presidente da Petrobras, Pedro Parente a garantia de que todo o valor economizado pela estatal com a redução de royalties seria reaplicado na revitalização dos campos maduros. "Ouvi do Pedro Parente a garantia de que estes 5% seriam investidos imediatamente na Bacia de Campos e, de pronto, compramos a ideia. Pode parecer loucura, mas neste caso, 5% será muito mais do que 10%, uma vez que o aumento do investimento acabará trazendo mais dinheiro para a região, de qualquer forma", disse.

O outro lado da história — Apesar de ser encantadora para Macaé, a redução dos royalties não teve a mesma aceitação da região. Outros prefeitos que compõe a Organização dos Municípios Produtores de Petróleo (Ompetro) ainda estão reticentes sobre a proposta, uma vez que, a exceção de Macaé, estas cidades não tem uma arrecadação tão grande com ISS que compense a queda dos royalties.

Nas próximas semanas a Ompetro escolherá um novo presidente para a organização (já que o mandato de Dr. Aluízio à frente do órgão já acabou). O mais cotado para assumir o cargo é o prefeito de Campos Rafael Diniz, que já se posicionou contrário a proposta. Caso Diniz assuma a Ompetro, a divisão dos royalties pode também significar a divisão da região: de um lado Macaé, de outro, os demais municípios. Tomara que isso não vire uma guerra geopolítica. 

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