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Macaé sofre com uma crise...De criatividade!


O cenário realmente é desolador. Por todos os cantos há sinais claros da crise que devasta Macaé. Em março deste ano, matéria publicada no Jornal Expresso Regional (leia aqui) já mostrava os efeitos da estagnação econômica que atingiu, em cheio, o mercado imobiliário da cidade. E não cola mais a desculpa de que “a crise é nacional”. Com tanto dinheiro transbordando os cofres públicos nas últimas duas décadas, Macaé deveria ter se tornado ser menos vulnerável a estes ventos externos. Porém, em vez de investir em novas fontes de renda, a cidade continuou batendo na tecla do petróleo, como se este recurso fosse infinito e não houvesse outra cidade produtora no país. Faltou visão, iniciativa e, sobretudo criatividade.

Passaram-se 20 anos (8 de Silvio Lopes, 8 de Riverton e 2 de Dr. Aluízio) e quase nada, foi feito para diminuir a dependência de Macaé da economia do Petróleo. Nos últimos quatro anos, aliás, desde os dois últimos anos da gestão de Riverton até agora, a cidade parece samba de uma nota só. Os royalties já mostravam tendência de queda, a Petrobras mostrava sinais de instabilidade e outros mercados produtores cresciam e rivalizavam com Macaé. Mesmo assim, continuou-se vendendo a ideia de um porto que jamais saiu do papel. Talvez até saia, porém, não se sabe se ele será ou não a salvação da picada.

Macaé negociou com alguma grande indústria (de outro setor, senão o petrolífero)? Investiu no fortalecimento de outros moldais industriais (como a pesca e o turismo)? Usou o dinheiro dos royalties para gerar um novo mercado? Não, não e não! E o resultado disso pode ser visto, claramente nas ruas, nas filas dos desempregados e nas placas de “aluga-se” e “vende-se”.

Ainda podemos [e devemos] nos reinventar. Porém, precisamos urgentemente de um modelo de desenvolvimento econômico que traga uma visão integral da cidade e pense em uma forma de inserção que incentive desde a padaria da esquina até a grande indústria. Precisamos enxergar além de Macaé para que a cidade finalmente tire o “S” da Crise e comece a criar. Pois, como dizia Dante Alighieri: “No inferno os lugares mais quentes são reservados àqueles que escolheram a neutralidade em tempo de crise”.

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