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Oposição sai em defesa dos empresários e das incorporações


A lógica de toda política de oposição é lutar contra o sistema, representado pelos servidores públicos com supersalários, pelo governo e pelos empresários. Porém, quem disse que, em Macaé a lógica vale de alguma coisa. Em Macaé, o que vale mesmo é atacar o governo, mesmo que este ataque acabe defendendo os interesses do capital financeiro.

Recentemente, chamou a atenção ver vereadores da bancada de oposição saindo em defesa dos empresários donos da empresa Rótulo e da OS Espaço Produzir, ambas com contratos finalizados pelo poder público. No caso da Rótulo, a empresa recebeu pagamentos da prefeitura e deu calotes nos 70 funcionários terceirizados que estavam sob a sua responsabilidade. Porém, mesmo diante do drama dos servidores, adivinha a quem alguns nossos honrados oposicionistas foram defender? O empresário!

Passado o caso da Rótulo, chega agora a notícia do rompimento do contrato com a OS Espaço Produzir, “apadrinhada” pelo deputado federal Hugo Leal. A prefeitura cortou o contrato, de R$ 3,5 milhões por mês (R$ 42 milhões ano) garantindo uma economia de R$ 30 milhões. A matemática é simples, e não tem mágica: segundo a Secretaria de Saúde, entre despesas de manutenção e folha de pagamento, serão gastos aproximadamente R$ 1 milhão por mês para manter as duas UPAs. Bem menos do que os R$ 3,5 milhões cobrados pela OS.

Porém, mesmo com a economia aos cofres públicos, adivinha a quem alguns vereadores de oposição defendem: os empresários. No vídeo abaixo, você pode ver o vereador Igor Sardinha defendendo o pagamento de uma suposta dívida de R$ 15 milhões da prefeitura com a OS: detalhe, não foi apresentado nenhum documento comprovando que esta dívida existe — até porque a empresa é alvo de uma sindicância e de ressalvas do Tribunal de Contas justamente por não prestar contas do dinheiro (público) que recebe. E, quanto ao pagamento dos funcionários? A Oscip, atrasou também. Mas isso, segundo Igor é justificável, já que a prefeitura, segundo a palavra do empresário (e do vereador) deve mais de R$ 15 milhões. Veja o vídeo:

A última agora dos oposicionistas, é a defesa dos supersalários na administração pública. Em um decreto publicado ontem, o Prefeito Dr. Aluízio suspendeu o pagamento de todas as incorporações. O benefício permitia que funcionários concursados pudesse anexar ao seu salário até 100% de gratificações recebidas por indicação política. Não a toa, no governo Riverton Mussi, havia superservidores recebendo até R$ 50 mil por mês. Sem entrar no mérito do Direito — até porque um decreto não pode anular uma lei, por mais imoral que seja — foi engraçado ver pessoas ligadas à oposição ir às redes sociais defender os supersalários. Como um dia um dileto amigo meu, definitivamente Macaé é uma cidade onde “o poste mija no cachorro e a banana come o macaco”.

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