Provando, se uma vez por todas que saúde pública não se faz apenas com grandes hospitais, alugueis de espaços caríssimos ou projetos midiáticos, Quissamã foi apontada pela avaliação do Programa Estadual de Financiamento da Atenção Primária à Saúde como o melhor atendimento médico da região. Para se ter ideia do que isso significa, Macaé que tem um orçamento para a saúde de R$ 458 milhões, quase o dobro do orçamento total da cidade de Quissamã (que é de R$ 275 milhões) recebeu a nota 4 no índice, enquanto Quissamã obteve a nota 8. A nota, aliás, é a segunda maior do Estado, ficando apenas atrás de Piraí. O município, no Sul Fluminense, obteve a nota 9.

O programa Programa Estadual de Financiamento da Atenção Primária à Saúde avalia o atendimento sob os aspectos mais importantes para a saúde pública, como a disponibilidade de consultas ofertadas pelo SUS na cidade, principalmente por especialistas, a oferta e agilidade na prestação de exames pela rede pública e a qualidade do atendimento de emergência. Sim, a saúde de Quissamã não se resume apenas aos postos de saúde comunitário, a cidade também conta com um hospital estruturado com dezenas de especialidades e uma maternidade que é considerada uma das melhores da região.

A lição de Quissamã para cidades vizinhas é a seguinte: não adianta nada alugar ou construir enormes clinicas públicas se a marcação de exames e consultas continuar precária. Afinal, saúde pública se faz com profissionais qualificados e, sobretudo, valorizados. Prova que não adianta ter muito dinheiro para gastar na saúde. É preciso, sobretudo, investir com inteligência.