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Câmara aprova municipalização da água e prefeitura promete "tarifa zero"


Em meio a muita polêmica e acaloradas discussões, a Câmara Municipal de Macaé aprovou, na manhã de hoje, o projeto de Lei que autoriza a municipalização do serviço de água em Macaé. Com o plenário lotado de supostos funcionários da companhia, que empunhavam cartazes e seriam de claque para os vereadores contrários ao projeto, a sessão foi realizada em meio a tumultos. Um dos momentos de maior tensão foi quando o vereador Cezinha (Proes) fez o uso da palavra para defender a municipalização. Interrompido por vaias e gritos de "canalha" e "recebeu quanto", o vereador só conseguiu prosseguir com sua fala após a intervenção do presidente que, por inúmeras vezes teve que pedir a plateia que respeitasse a fala do vereador.

Contrário ao projeto, os vereadores Marcel Silvano (PT), Maxwell Vaz (SD) foram os mais aplaudidos pelos "funcionários" e chegaram a acusar os demais colegas de serem "covardes" ao aprovar a medida. Silvano, inclusive, chamou o prefeito Dr. Aluízio de "menino mimado" e afirmou que ele tentou, através de reportagem publicada ontem no site oficial da Prefeitura, manipular a opinião pública para pressionar o Legislativo. A matéria em tela, afirmava que a Câmara votaria pela "tarifa zero" da água. Embora a isenção da tarifa não faça parte do projeto, a mesma já foi arbitrada por decreto municipal e, assumiu publicamente o compromisso de zerar a tarifa, a partir do momento em que for municipalizada.

Entre os que defenderam o projeto, o líder do governo, Julinho do Aeroporto (MDB) acurou os oposicionistas de serem incoerentes. "Alguns aqui defendem a empresa [Cedae] e outros defendem a população que não tem água. Entre a população e a empresa eu escolho a população", disse Julinho.

No final, o vereador Marcel Silvano (PT) tentou adiar a votação para a outra semana evocando uma Questão de Ordem, afirmando que o tempo regimental da sessão havia se esgotado. No entanto, a Mesa Diretora não acatou a questão do vereador, afirmando que a matéria já estava em curso. No final, a matéria foi aprovada por 9 votos favoráveis, contra três contrários e uma abstenção.


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