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Festejado por políticos de Macaé, Waguinho é suspeito de liderar organização criminosa


Se você é de Macaé, provavelmente deve ter ouvido falar da deputada federal Daniela do Waguinho (MDB), que teve o apoio do líder do governo na Câmara de Macaé, Julinho do Aeroporto (que foi candidato a deputado estadual pelo mesmo partido); pelo o candidato a vice-prefeito em 2016, André Longobardi e diversos outros políticos da cidade. Um dos motivos para o apoio à então candidata, eleita com mais de 100 mil votos, era o fato de ela ser esposa do "excelente gestor" Waguinho, prefeito de Belford Roxo. Para quem defendeu a candidatura, Belford Roxo sobre a égide de Waguinho se transformou em uma espécie de uma Suiça Tupiniquim (como se isso fosse motivo para eleger a própria esposa). No entanto, as últimas operações de combate à corrupção comandadas pelo MP e pelo Departamento de Combate à Corrupção ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro (DCCCOLD) provam, justamente, o contrário. Além de ter sido preso por boca de urna nas eleições (por suspeita de estar comprando votos para a esposa) o prefeito teve seu afastamento pedido pelo MP por suspeitas de corrupção. Esta semana, uma nova operação do MP e a polícia cumpriram mandatos de busca e apreensão na prefeitura que ele comanda. 

De acordo com o portal do MP RJ, a ação apreendeu pendrives, agendas telefônicas, DVDs, CDs, discos rígidos, etc, em busca de provas contra agentes públicos e empresas do setor da construção civil que fraudavam licitações, com desvios de aproximadamente R$ 15 milhões. Segundo a Secretaria de Polícia Civil, as informações até o momento apontam para crimes como organização criminosa, peculato e fraude à licitação. O MPRJ instaurou a investigação criminal após procedimento enviado pelo DCCCOLD, para apurar eventuais crimes de fraude à licitação e lavagem de dinheiro envolvendo agentes públicos da Prefeitura de Belford Roxo e as empresas Salutar Empreendimentos e Construções Eirelli-EPP e JMF Construções Ltda-EPP.

Em nota, Waguinho disse chegou ao seu local de votação com adesivo na roupa como manifestação silenciosa e legal, mas, não pediu voto ou agiu de maneira irregular. "Como prefeito, cumprimentei os munícipes de forma cordial e atendi a pedidos de fotos", destacou o prefeito, que classificou a interpretação da promotora como "total afronta à Lei Eleitoral".

CRIME ELEITORAL

Em todo estado do Rio, 29 crimes eleitorais foram registrados: 14 referentes à boca de urna, um caso de compra de votos, um relativo à propaganda irregular, um de desobediência a ordens da justiça eleitoral e 12 sobre outros crimes eleitorais. Destas prisões, três foram em Aperibé, no Noroeste Fluminense, em que ocorre também eleição suplementar para prefeito. Em todo Brasil, 396 ocorrências foram registradas com eleitores e 179 resultaram em prisão, com o objetivo de garantir a ordem nos locais de votação.


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