top of page

Rio das Ostras quer vencer crise com pão, circo e carros luxuosos


Esqueça aquele velho slogan de que "crise se vence com trabalho". Pelo menos em Rio das Ostras, cidade que vive um verdadeiro caos em setores essenciais como saúde e segurança pública a prioridade é comprar carros e fazer oba-oba com festas. Esta semana, quando a cidade virou notícia com diversas reclamações sobre supostos casos de negligência no atendimento médico, a Prefeitura, sob comando de Marcelino da Farmácia, publicou uma licitação prevendo um gasto de R$ 8.095.636,00 (isso mesmo, oito milhões de reais) para a compra de vários carros, alguns deles de luxo, para atender as "necessidades da prefeitura". Entre os veículos previstos na compra estão duas SUV's uma no valor de R$ 73 mil e outra no valor de R$ 250 mil. A pergunta que fica é a seguinte: para que a prefeitura precisa de um carro tão caro? Será que o prefeito ou algum secretário estão querendo ostentar.

Marcelino assumiu a prefeitura em 2018, após eleição suplementar, prometendo um "choque de gestão" acabando, segundo ele, com a "mamata" que havia na cidade. Porém, até hoje o único choque quem recebeu foi a população com as filas na saúde, falta de remédios nas farmácias municipais, obras de maquiagem e excesso de assessores comissionados para atender aos seus interesses e o da Câmara, que faz da gestão pública um cabide de emprego. Há vereadores, como o líder do governo, por exemplo que, segundo informações obtidas pelo blog, tem mais de 20 assessores nomeados diretamente no Executivo. Resta saber se eles realmente trabalham. Um processo licitatório, iniciado pela gestão anterior, para a instalação de um ponto biométrico (o que coibiria a manutenção de funcionários fantasmas simplesmente foi descontinuado.

Panis et circenses

Enquanto a cidade afunda, o prefeito tenta nadar da onda do projeto SESC Verão, que trouxe grandes shows e atrações para a cidade. É a velha estratégia romana do pão e circo para distrair as massas. No entanto, diferente de César, Marcelino sequer está bancando o lazer da população, que só foi possível através de parcerias de empresários com o "Sistema S". Mesmo assim, enquanto a população se alegra com os shows, Marcelino vai conduzindo a cidade como se a imprensa e o povo estivessem tão cegos quanto os romanos ficavam ao ver os leões devorarem os cristãos no Coliseu.


0 comentário
bottom of page