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Sem controle, Praia dos Cavaleiros se transforma na 'feira de Acari do litoral


Ambulantes, descontrolados, disputando o espaço da já curta faixa de areia com banhistas. Hippies acampando e fumando baseado debaixo do deck de madeira que, aliás, se transformou também em depósito de cadeiras e mesas, motel ao ar livre e até ponto de prostituição. Essa cena escatológica está acontecendo todos os dias, aqui em Macaé onde o principal point do verão se transformou em uma verdadeira balbúrdia. Moradores e banhistas já não aguentam mais a bagunça na Princesinha do Atlântico que, nas últimas semanas está mais parecendo uma bêbada, de meia idade, catando latinhas nas ruas.

Na manhã desta quarta-feira, o vereador Marcio Bitencourt (MDB) emitiu um ofício cobrando providências urgentes das autoridades de segurança da cidade. Além disso, fez um desabafo púbico, nas redes sociais, clamando a devolução da praia, novamente, para as famílias macaenses. "A praia é um ambiente democrático e tem que ser seguro e agradável para todos, inclusive as crianças e idosos que frequentam o local. Por isso encaminhei a denúncia e as fotos aos órgãos de segurança pedindo providências urgentes", disse.

DE ARTESANATO A CACHORRO QUENTE NA AREIA - Não é errado que ambulantes e comerciantes informais encontrem no verão uma chance de encontrar seus ganhos. No entanto, neste verão, a quantidade absurda de gente vendendo de tudo um pouco na praia chamou a atenção dos banhistas. Como Macaé não conta com uma faixa de areia grande como em outras cidades da região (Em Cabo Frio, em alguns trechos da Praia do Forte a faixa chega a ter mais de 600 metros) é de se estranhar ver, no meio da areia carrocinhas de cachorro quente e churrasquinho. Nem mesmo em Cabo Frio, com toda aquela areia acontece isso. Lá, as barracas dos ambulantes ficam no calçadão, em trechos determinados pela coordenação de posturas e, na areia, apenas são permitidos ambulantes cadastrados a pé, ou empurrando carrinhos.

A população quer saber também quais são os critérios para a distribuição destas licenças de ambulante. Em Rio das Ostras, por exemplo, todos os ambulantes são cadastrados em um programa de Renda Mínima e precisam comprovar realmente precisar desta atividade para sobreviver e, mesmo assim, o número é bem limitado. Não há ambulantes de outros bairros fazendo "renda extra" na praia. O ambulante da praia é só da praia.

De todo modo, a Prefeitura de Macaé precisa tomar suas providências. Excelente seria, inclusive, divulgar uma lista de todos os ambulantes cadastrados em seu site e os critérios para a emissão destas licenças. Pegaria muito bem para cidade que tem na transparência a sua marca.


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