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Apontado pela Lava Jato, deputado de Cabo Frio passa vergonha nas urnas


Com a vergonhosa votação de 10.724 votos para deputado estadual (apenas 3.690 dentro de sua cidade, Cabo Frio) o deputado estadual Jânio Mendes é o retrato do estrago que a operação Cadeia Velha, braço da Lava Jato (que colocou Picciane, Paulo Melo e Albertasse na cadeia) fez na vida de muitos políticos. Jânio, por exemplo, embora não tenha sido preso, teve o nome até tutano envolvido no escândalo, em que deputados eram acusados de receberem propina para beneficiarem o cartel dos ônibus. Na casa do deputado Edson Albertassi, um dos braços financeiros da quadrilha, foi aprendido um documento com com 16 páginas com nome de 880 pessoas indicadas para vagas de emprego a pedido de deputados envolvidos no esquema.

De acordo com a planilha, Janio Mendes tinha 15 nomeações, em quatro cidades da região. Outra política da região, Márcia Jevane (que, a propósito também perdeu a eleição) aparece 11 indicações, em sete cidades; Paulo Melo, que também foi preso na Operação Cadeia Velha, tem 50 indicações, em 19 cidades do Estado. Os investigadores concluem que o documento demonstra como os parlamentares controlavam rigorosamente as nomeações de cargos no governo. A mesma planilha também servia para monitorar votos de aliados, interferir em leis ou investigações, segundo a força-tarefa.

Além do escândalo da planilha, Jânio também foi um dos deputados que vergonhosamente votaram uma medida excepcional para soltar, na marra, Picciane, Albertasse e Paulo Melo. A medida foi rapidamente revogada pelo Tribunal Regional Federal, que desmoralizou os deputados que tentaram passar por cima da lei. Pouco tempo depois, as urnas cobraram o preço.


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