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Médico ou X-Man? Defensor do prefeito cumpre carga horária de 100 horas semanais


Maior defensor do governo municipal nas redes sociais, o médico Carlos Emir Júnior tem, além da militância virtual, uma outra característica: ou é o médico que mais trabalha em todo o Brasil, ou não está cumprindo corretamente sua carga horário, com a complacência dos políticos a quem tanto defende. Emir, que é dono de duas clínicas, cumpre a incrível jornada de 60 horas semanais, apenas na rede privada, segundo dados do Cadastro Nacional de Estabelecimento de Saúde (CNES), sistema que registra a atividade de todos os médicos. De acordo com os últimos acórdãos do Superior Tribunal de Justiça (STJ), 60 horas é a carga horária limite para qualquer profissional de Saúde (inclusive o CNES, de acordo com a portaria 134/2011, do Ministério da Saúde estabelece que o próprio CNES não pode aceitar mais que 60 horas. No entanto, se Emir apenas cumprisse a carga horária na rede privada, tudo bem. O problema é que além da exaustiva jornada atendendo a pacientes particulares e de convênios, o médico ainda cumpre 40 horas semanais como médico da rede pública municipal. A pergunta é: como?

Para dar conta dos vínculos públicos e privados, Emir teria que trabalhar 20 horas por dia. Isso mesmo, num dia de 24 horas lhe sobrariam apenas 4 horas para o lazer, alimentação, família e, claro, as horas no Facebook defendendo o governo. Além da prefeitura, o CNES registra sua atividade em quatro empregos privados, sendo que em dois deles, além de médico, ele também é sócio e administrador. Na Prefeitura, ele é médico concursado, com duas matrículas ativas na Secretaria Adjunta de Atenção Básica. Ou seja, atendendo em tantos lugares, ou o médico está faltando ao serviço ou trata-se de X-Man.

Veja abaixo os vínculos privados de Carlos Emir (60 horas semanais)

Agora os vínculos públicos (40 horas)...

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