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Quais seriam os planos políticos de Aluízio?


Exímio estrategista, que conhece o jogo político como poucos, o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio conseguiu um feito inédito em Macaé: fragmentar a oposição e reduzir a maioria de seus aliados a meros fantoches em suas mãos. Após duas eleições consecutivas, com votação na casa dos 60% e uma política "mão de ferro" que colocou o Legislativo praticamente de joelhos, Aluízio tornou-se o "dono da bola", do campo e do jogo em Macaé. Porém, seu reinado não será eterno. O que virá depois? Em tempos de aridez jamais vista na política local, só se pode especular o futuro olhando para seus próprios passos.

Nos últimos meses, vimos um prefeito praticamente "dar de braços" com as pressões vindas dos Legislativo. Enquanto o último prefeito Riverton Mussi praticamente entregou a chave da cidade nas mãos dos vereadores, Aluízio vem mantendo seus aliados a pão e água, literalmente, brincando de roleta russa. Os últimos a serem "fritos" foram Paulo Antunes e José Prestes, que sofreram denúncias graves em direção a seus grupos políticos vindas diretamente de dentro da administração municipal. Paulo Antunes perdeu a indicação da secretaria de Mobilidade Urbana. José Prestes, mais que isso: corre o risco de ser cassado sob a acusação de reter parte da assessoria de seus funcionários.

A balança na Câmara, hoje equilibrada entre oposição e situação, com oito votos para cada lado parece não incomodar o prefeito, que conta com a lealdade do presidente do Legislativo, Dr. Eduardo Cardoso para desempatar as votações em matérias polêmicas e de grande relevância. Com o legislativo sob controle, dentro do seu governo o terreno se torna ainda mais árido. Ninguém, absolutamente ninguém ousa sonhar com um futuro político, sob o risco de ser "frito" sumariamente. A pergunta que fica é a seguinte: por que?

Macaé tem bons nomes, aptos para sucessão. Um deles é do secretário de Educação Guto Garcia, um dos poucos a executarem uma boa gestão dentro do município. Mas, Aluízio já demonstrou, inúmeras vezes que não quer Guto sucessor. Aliás, não quer ninguém. Então, que plano louco seria esse de sobrevivência para um grupo político sem plano de sucessão: a morte? Mais que isso, Aluízio sonha com a ressurreição.

Sob o risco de ser traído Aluízio sinaliza que não quer gastar o seu "capital político" apostando em nenhum candidato. Assim, pode simplesmente negociar um acordo de paz com o próximo prefeito, seja ele quem despontar no cenário, seja da oposição ou situação. Assim, depois de algum tempo ele, talvez volte. Afinal, se a próxima gestão for um fracasso, isso não será responsabilidade sua. Quanto ao grupo. Ah, cada um que cuide de si!

Crédito da Foto: Rui Porto Filho

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