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"Operação Caixinha": Mobilidade será o próximo alvo de ação do MP em Macaé


O afastamento do vereador José Prestes (PPS), acusado de reter parte dos rendimento de assessores da Câmara e da Secretaria de Agroeconomia da Prefeitura de Macaé terá, em breve, outros desdobramentos dramáticos nos próximos meses em Macaé. Isso porque, de acordo com o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio o MP já está em curso com uma investigação sobre o mesmo procedimento na Mobilidade Urbana onde, recentemente, uma denúncia de funcionária fantasma e possível "cotização" (repasse de uma cota do salário de assessores a superiores hierárquicos) motivou a abertura de uma auditoria e a exoneração do secretário Julio Antunes e de todos os mais de 50 assessores da pasta. Em comum, os casos de José Prestes e da secretaria de Mobilidade Urbana está o apadrinhamento das secretarias por vereadores, o que levou ao MP a debruçar suas investigações também sobre as assessorias da Casa Legislativa.

Na entrevista coletiva concedida esta manhã, Dr. Aluízio informou que a ação do MP, que culminou com o afastamento do vereador e do secretário de Agroeconomia Alcenir Maia Costa foi motivada pela Comissão Especial de Auditoria, instaurada pela portaria 2.223/2017 em 24 de outubro para apurar as suspeitas de devolução de parte dos salários dos assessores a seus superiores diretos na secretaria de Agroeconomia, cujo secretário fora indicado pelo vereador José Prestes. De acordo com o prefeito, no dia 07 de dezembro, o Ministério Público enviou ofício à Prefeitura solicitando cópia de todo o procedimento de auditoria para, logo depois, instruir a ação civil que deu origem à Operação Caixinha.

Próximos passos — Após denúncia semelhante ao que aconteceu na Agroeconomia, o mesmo procedimento de auditoria foi instaurado na Mobilidade Urbana, o que levou a exoneração de todos os assessores, do secretário e a suspensão de todos os atos administrativos da gestão até então da Pasta para mais averiguações. Segundo o prefeito, assim como feito na secretaria apadrinhada por José Prestes, todos os documentos levantados na auditoria foram remetidos ao Ministério Público. "Não se enganem. A próxima ação será na secretaria de mobilidade urbana. Não podemos mais admitir na gestão pública estas práticas", disse o prefeito.

Outras pastas — Segundo o prefeito, além da Mobilidade, a suspeita de funcionários fantasmas e de cotização será averiguada sem seletividade em toda gestão pública. Todos os cerca de 900 assessores da prefeitura estão respondendo a questionários sobre sua rotina de trabalho, que está sendo fiscalizada de perto por uma comissão. Se os dados informados nos questionários não forem verdadeiros, os mesmos poderão responder por falsidade ideológica, além de serem obrigados a devolverem os vencimentos, de forma integral e corrigida, aos cofres públicos.

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