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Dr. Aluízio pode deixar a Prefeitura para concorrer a Deputado Federal


Desde quando trocou seu gabinete político do quarto andar do edifício da Prefeitura para o Centro de Convenções, o prefeito de Macaé tem falado muito pouco sobre política. De lá, os despachos são meramente administrativos e, em sua sala, ele nunca está desacompanhado para receber ninguém - quando o fluxo de atendimentos não é desviado para o HPM, onde também dá uma "canja" como médico. O fato é que, nem a seus interlocutores mais próximos o prefeito tem contado quais são seus reais planos para 2018, no entanto, seus passos são claros. Com ações como o último processo seletivo, que atraiu 20 mil pessoas, a maioria de fora da cidade, e agora o projeto de Lei que pretende gratificar os policiais militares, fora a campanha "Menos Royalties, Mais Empregos" fica claro sua intenção de ganhar visibilidade fora de Macaé. E, em política, é muito difícil separar visibilidade de campanha.

Alguns apoiadores mais apaixonados falam em candidatura para o governo do estado ou, no mínimo, vice. No entanto, com o PMDB, seu partido, descendo ladeira abaixo é muito improvável que ele arrisque os  dois últimos anos de seu mandato como prefeito, que vai até até 2020, por um passo tão arriscado. Também não há como negar que uma candidatura a governador para um prefeito do interior, ainda mais de uma cidade de médio porte como Macaé, dependeria de um padrinho forte. E os padrinhos de Dr. Aluízio estão cada dia mais capengas.

Portanto, se os planos do prefeito são além da Prefeitura, o caminho mais seguro será concorrer a um cargo de deputado federal algo que, com a força da máquina que dirige, seria mais fácil de conseguir. Publicamente, Aluízio diz que vai tocar a prefeitura até o fim. No entanto, onde há fumaça há fogo. A cada ação de repercussão regional, mesmo que custe desgaste local, fica mais claro saber que o prefeito está com outros planos na cabeça.

Foro privilegiado - Enquanto uns falam em continuidade no poder, outros foram de foro privilegiado. Não é novidade para ninguém os embates recentes que o prefeito de Macaé teve com o judiciário - a novela do processo seletivo, que virou guerra judicial prova isso. Eleger-e, portanto, deputado, eliminaria um milhão de problemas de sua cabeça, uma vez que ele ficaria imune a processos de primeira e segunda instância. Só seria processado com autorização do STF.

Vice-perfeito - Não, vocês não leram errado. Para que este plano vingue, Dr. Aluízio precisa que Vandré Guimarães seja mais do que um vice-prefeito e sim um vice-perfeito, garantindo espaço de influência para ele, mesmo estando em Brasília. É fato que, devido a alguns desgastes recentes, Vandré simplesmente "sumiu" do mapa e muitos apostam em uma briga dele com Dr. Aluízio. Porém, para uma mente fria e calculista como a do prefeito, há a possibilidade de este "sumiço" ser combinado, preservando a imagem de Vandré até sua posse definitiva como prefeito. Aí, é só recompor o acordo com a Câmara e trabalhar pela reeleição do moço. Enquanto isso, de Brasília, Aluízio assistiria a tudo, esperando só a hora certa de voltar à cena. Será que é só para mim que este parece o plano perfeito? 

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