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Para defender privilégios, Marcel acusa médicos de não trabalharem


Já pensou um emprego onde você trabalha um dia e descansa 4? Pois bem, este emprego existe: Guarda Municipal de Macaé. Com o objetivo de aumentar a quantidade de guardas nas ruas, a Prefeitura enviou à Câmara reduzindo o tempo de descanso dos guardas que, em vez de 4 dias de folga passariam a ter apenas 3. No entanto, o PLC 012/2017 gerou polêmicas, principalmente porque a categoria se mobilizou. Afinal, um dia a mais de trabalho incomoda muita gente. Para boa parte dos guardas, que são de outros municípios e só aparecem por aqui uma vez por semana incomoda muito mais.

No lastro do barulho causado pela proposta, vereadores da oposição, claro, se posicionaram a favor dos guardas. Disposto a ganhar os holofotes e a simpatia da categoria, Marcel Silvano foi um deles. Em seu discurso contra o projeto, o vereador atacou a classe médica que, segundo ele, mantém privilégios na cidade. "O governo é conduzido por um médico no Executivo, liderado por um médico no Legislativo. E a carga horária dos médicos não é questionada por ninguém". Em outro trecho de seu discurso, Marcel insinua que os médicos não estão trabalhando. "Não sou eu que digo que os médicos não trabalham. Mas a população reclama que falta médico. É tanto médico que talvez os acidentes de trânsito sejam causados por um médico dirigindo um carro e o outro outro (Sic.)".

Sobre a carga horária: os guardas reclamam (com legitimidade) que falta estrutura para seu trabalho. No entanto, sua carga horária é muito melhor do que de qualquer agente de segurança do país. Por exemplo, os PMs e os Bombeiros têm o tempo de descanso máximo de 72 horas (três dias), ao contrário dos guardas que podem descansar por 96 horas (quatro dias). Perigo por perigo, o trabalho dos policiais e dos bombeiros não é, nem de longe, menos arriscado do que os dos guardas municipais macaenses.

Veja abaixo o vídeo de Marcel insinuando que os médicos não trabalham:

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