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Bacia de Campos ressurge das cinzas, com blocos arrematados por R$ 3,7 bi


Superando todas as expectativas e até o prognóstico dos especialistas e prefeitos da região, que acreditavam no desinvestimento da Petrobras na Bacia de Campos, a estatal juntou-se à maior petroleira do mundo, a Exxon, para arrematar 10 blocos em dois setores marítimos por mais de R$ 3,7 bilhões. A aposta foi tão alta que, a petroleira chegou a fazer uma oferta em valor 18 vezes superior à segunda melhor proposta, na 14ª rodada de licitação da ANP, reafirmando suas intenções de manter a Bacia de Campos em seu rol de prioridades.

O leilão, que ofertou áreas em terras e marítimas do pós-sal era esperado como um fiasco até pelos mais otimistas dos analistas. Isso porque a expectativa era de que as empresas, sobretudo a Petrobras, iriam "economizar dinheiro" para investir no próximo leilão, que acontece em outubro e nele serão oferecidas áreas de exploração do pré-sal na Bacia de Santos. Como a expectativa de rentabilidade no litoral paulistano é maior no que na Bacia de Campos, a aposta de todos é que haveria pouco interesse por aqui. Tal expectativa motivou até o movimento "Menos Royalties, mais empregos", capitaneado pelo prefeito Dr. Aluízio, tamanho era o clima de pessimismo quanto o interesse da estatal na região.

No entanto, com este aporte bilionário na aquisição de blocos na Bacia de Campos, o jogo finalmente começa a virar. Santos é e ainda será a "menina dos olhos" da indústria petrolífera. No entanto, com os R$ 3,7 bilhões, nossa região não ficará tão atrás. Afinal, aqui é a sede das operações logísticas da Petrobras, com 40 anos de expertise neste mercado. E uma empresa do porte da Exxon não seria tola de investir tanto dinheiro aonde não houvesse expectativa de lucro.

Perplexidade — A grande mídia brasileira não recebeu com bons olhos o investimento da Petrobras/Exxon na região. Em uma matéria publicada hoje, a revista Época chegou a comparar a aposta da Petrobras com a de Eike Batista em 2007, quando sua empresa, a OGX investiu R$ 1,5 bilhão na aquisição de blocos e foi um completo fiasco. No entanto, contra a análise rasa da grande imprensa, que passou os últimos meses profetizando o fracasso da região, existe o fato de a maior empresa do ramo no mundo ter aceitado entrar como parceira da Petrobras nesta aposta: no resultado geral, aliás, a empresa que mais apostou foi a Exxon. A gigante americana desembolsou mais de R$ 1,9 bilhão, ante R$ 1,8 bilhão da Petrobras, para garantir presença nos oito blocos oferecidos na Bacia de Campos e dois na Bacia de Sergipe/Alagoas, no mar. E pode acreditar: os americanos nunca jogam para perder!

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