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Anarquinópolis 2017, capítulo 17: o Grande Concurso


Antes de começar mais um capítulo, vou deixar aqui uma solene gargalhada para a pessoa que me processou crente que me daria um prejuízo mas, infelizmente, em vez de me aplicar uma multa, acabou ficando R$ 10 mil mais pobre: kkkkkkkkkk. Não comento mais sobre isso, afinal, quem chuta cachorro morto fica com futum de carniça no sapato. Vamos ao episódio....

Eram tempos complicados em Anarquinópolis. Com a indústria da esgotolina ainda patinando no mar de lama na corrupção e com a principal empresa do país, a EsgotoBrás em Perda Total (Deu PT), Anarquinópolis não via mais solução. A coisa estava tão feia que não tinha emprego mais para ninguém. Até as gloriosas mães de nossos políticos não conseguiam mais clientes pelas esquinas, mesmo com as promoções e os parcelamentos no cartão de crédito.

De seu suntuoso, porém escondido, gabinete do Centro de Poluições, Dr. Bonitinho, nosso príncipe e herói ainda sonhava em ser governador. Ora, se ele conseguiu fazer Anarquinópolis sobreviver, mesmo que a duras penas, a esta crise, imagina o que ele não faria com a província de Hell de Janeiro? No entanto, antes do sonho, era preciso garantir o pão. E, portanto, era chegado a hora de tomar mais alguma atitude salvadora da pátria. E, mais uma vez, nosso Sassá Mutema de olhos azuis convocou seus asseclas para fazer um grandioso anúncio.

— Vou gerar 10 mil empregos! Após meia hora de aplausos, um de seus assessores, talvez o único sensato entre tantos acéfalos resolveu interpelar. — Mas, como pretende fazê-lo, ó príncipe! — Vamos fazer uma prova! Daquelas de lotar o Maracanã em domingo ensolarado. Chamaremos toda a imprensa e vamos anunciar que será tudo de graça. O mundo virá a Anarquinópolis fazer esta prova. — Mas, para que esta prova, príncipe? — Perguntou novamente o assessor, já com medo de ter seu nome homenageado no Diário Oficial da próxima manhã. — Ora, vamos fazer a prova para provar que temos um bom governo! — disse o príncipe. Mais meia hora de aplausos efusivos vieram depois.

Porém, após os jornais, a TV, as rádios e até os atabaques dos terreiros e os microfones das igrejas anunciarem o concurso, a Justiça resolveu jogar água no chopp do príncipe, que já realizava a décima quinta entrevista coletiva para explicar como seria a prova. Sacanagem! Gritou o povo! Não teremos mais a prova e não poderemos mais arrumar um emprego na Grande Mãe.

Bonitinho eu de braços, meneou a cabeça e olhou para o orizonte prometendo que isso não iria ficar barato. Afinal, ele não estava naquele trono à toa. Havia um propósito divino, uma missão cósmica, transcendental por trás disso tudo. E ele não desistiri tão fácil.

Enquanto a prova era, por ora, suspensa. Um outro concurso pelo menos seria feito na cidade. O concurso leiteiro. Afinal, Anarquinópolis era mesmo uma grande vaca, e a cidade iria ter uma grande festa, feita na Raça. Mas, isso já é assunto para um próximo capítulo. Nos vemos lá...

AVISO: ANARQUINÓPOLIS É UMA OBRA DE FICÇÃO, SEM RELAÇÃO NENHUMA COM PERSONAGENS OU FATOS DA VIDA REAL.


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