Bom dia, macacada. Hoje temos mais um capítulo de nossa malfadada e gordurosa novela. E, este capítulo é especial, terá até uma abertura especial, em homenagem ao nosso vice-príncipe.
Era um dia normal em Anarquinópolis. Normal era o C%#%$%. As coisas estavam estranhas, muito estranhas mesmo.
Nosso amado Príncipe Dr. Bonitinho estava despachando em seu gabinete, ou no ministério da saúde, ou no hospital, ou no barracão... Quer saber, onde o príncipe despacha é só um detalhe. O fato é que ele foi abruptamente interrompido pelo seu vice, Jonny Bravo que adentrou o gabinete com um olho roxo.
— Que aconteceu, mané, indagou o príncipe
— Levei na cara, chefe
— O que foi, aquela moça do UFC exagerou na dose e te bateu?
— Nada, foi mais um marido revoltado
— Você vai acabar me complicando com esse excesso de testosterona, se segura. Você sabe que meu outro vice não cantava ninguém, pelo menos não sóbrio...
Passado o estresse pessoal, eis que entra em seu gabinete itinerante mais um de seus assessores.
— Chefe, deu ruim lá no MP. Mandaram a gente devolver dinheiro, assinaram o ponto sem comparecer, disse o assessor
— E não era você que devia ver estas coisas e não deixar a contecer?, indagou o príncipe, preocupado
— Desculpa, Chefe, Vi isso com meu olho direito. E você sabe que só enxergo com o esquerdo
— Se continuar assim, vai acabar voltando a ser só motorista, advertiu o príncipe
Estressado, Dr. Bonitinho resolveu assistir seu programa preferido, o TV Parlamento, que mostrava a reunião de nossos ilustres parlamentares.
Logo no primeiro discurso, ele viu seu próprio líder de governo, Juquinho do Aerofólio bater em seu governo, dizendo que o ministro da Educação, Pluto Gracinha estava fazendo na educação pública o mesmo que fazia na privada.
— Já deu pra mim — disse Dr. Bonitinho, ao subir em sua bicicleta e sumir por dois dias. Dizem as más línguas que este é o tempo que ele demorou para percorrer os 800 km de ciclofaixas espalhadas pela cidade. Vermelhas, em homenagem ao saldo bancário dos comerciantes locais...