top of page

Freixo foi delírio de uma esquerda arrogante, elitista e hipócrita


Crivella não ganhou a eleição. Foi, simplesmente, o menos pior entre os piores. A demonstração cabal de que a população teme menos viver em uma teocracia iurdiana do que em viver em uma Venezuela à moda tupininquim. Na cosmovisão da esquerda (e de boa parte da mídia nacional) Freixo era o candidato ideal: o defensor dos gays, dos negros, das mulheres, dos umbandistas, dos fracos e dos oprimidos. Também o cara que teve a coragem de se levantar pela legalização das drogas e pela liberação do aborto. O cara da moda, da mídia, dos artistas globais e de Caetano. Cultuado pelos diretórios acadêmicos e pelos estudantes secundaristas que se reúnem nos pátios para "problematizar" enquanto acendem um bom baseado.

Na utopia da esquerda, que vem perdendo força em todo o país, Freixo era a maior esperança. Como seria bom tê-lo na capital de maior visibilidade do país. Isso iria "empoderar" as lutas sociais. No entanto, no mundo real, distante das varandas do Leblon ou das redes sociais, a população está mais preocupada com o emprego do pai de família do que com a discussão de ideologia de gênero nas escolas. Se o Estado não consegue sequer ensinar Matemática e Português no ensino fundamental, como ensinar questões complexas como gênero e sexualidade em crianças menores que 10 anos?

A mãe de família, moradora de Costa Barros ou Bangu está mais interessada em saber se vai ter merenda para seu filho na escola, do que saber se ele vai crescer com o "pensamento crítico" ou se a escola está formando um cidadão consciente e engajado nas causas sociais. No "mundo real", o feijão vale mais do que o sonho. Quem vive no Leblon ou tem as despesas pagas pelo papai burguês tem tempo para sonhar com um mundo mais justo e inclusivo. Quem vive a realidade, na periferia, não. Não há tempo para sonhar com um mundo colorido enquanto se batalha do pão de cada dia.

Por mais que se sinta detentora do monopólio da luta pelos mais pobres, a esquerda carioca (e brasileira) não sabe do que o povo precisa de verdade. É uma esquerda hipócrita, arrogante, que vive distante da realidade social. Entre os livros de história do MEC e os tiroteios do Alemão existe uma grande diferença. É fácil apoiar a legalização das drogas quando sua maconha é entregue por um motoboy na porta do condomínio. Quero ver ter a mesma ideologia, tendo um irmão ou pai morto em um tiroteio provocado pela mesma droga que você tanto defende.

É por isso que eu volto a dizer: Crivella não ganhou esta eleição. Tenho certeza que, qualquer candidato que disputasse com Freixo neste segundo turno ganharia dele. E sabe por que? Por que a Esquerda caviar acredita, na teoria, entender dos problemas sociais que ela, em seu patamar de arrogância, nunca conhecerá na prática. É por isso que Freixo é o candidato das elites. Quem vive a realidade, não cai mais no golpe da falsa justiça social. E justiça social não é colocar saias em meninos de oito anos para ensiná-los que gênero é uma construção. Justiça social é colocar comida no prato do trabalhador. O resto é história!

0 comentário
bottom of page