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Saiba o porquê de muitos médicos macaenses estarem pedindo demissão


O que a implantação do ponto biométrico tem a ver com a recente demissão de médicos em Macaé? Tudo. Desde a implantação do equipamento, que controla com rigor a frequência dos funcionários, entre eles médicos plantonistas, ficou impossível faltar plantão sem ter, em seu contracheque, um desconto significativo. Acontece que, para compor a renumeração de um médico, do HPM por exemplo, que hoje ganha R$ 10 mil mensais por um plantão por semana, são acrescidas à sua remuneração base, de cerca de cinco mil, duas gratificações: uma por assiduidade e outra por produtividade. Para ter direito à gratificação de assiduidade, é necessário que o médico tenha frequência (ou seja, não falte a nenhum plantão). Como boa parte gosta de dar "algumas escapadinhas", para atender seus pacientes da rede particular, muitos estão perdendo a gratificação. E, com o ponto biométrico, não há corporativismo que segure. A classe médica tem travado uma queda de braço com o governo a um certo tempo, exigindo que estas gratificações sejam incorporadas ao salário dos plantonistas, o que não o fariam perder tanta grana com as faltas. No entanto, como a folha de pagamento já ultrapassou o limite constitucional de 54%, com a queda de arrecadação, o Tribunal de Contas não permite esta incorporação, o que significaria, aumento de salário e mais oneração da folha. Enquanto a queda de braço não se resolve, médicos continuam pedindo para sair e a população continua sofrendo, quando é mal atendida.

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