Quem são os beneficiados pelas pesquisas falsas de Macaé?

Enquanto alguns candidatos se movimentam nos bastidores, construindo alianças para as próximas eleições, outros se valem das mentiras e do abuso de poder econômico (deflagrado pela abusiva propaganda e disparos em massa, algo a ser investigado) para se situarem na briga. São os chamados "gigantes com pés de barro", candidatos que, a primeira vista parecem grandes, mas não tem base de sustentação alguma. E, tal como na analogia bíblica, cairão na primeira pedrada arremessada em sua testa. Esses candidatos, coincidentemente, se valeram de um fenômeno que surgiu, e promete se intensificar nas eleições: as pesquisas fakes.
Em um intervalo de 24 horas, apareceram na cidade, via correntes de Watsapp, 3 "pesquisas" diferentes. Todas sem registro no TRE, ou validade comprovada. Nas "pesquisas", habilidosamente construídas para dar imagem de verdade, há uma constante: a permanência de dois candidatos entre os primeiros lugares: o deputado Welberth Rezende (Cidadania) e o pré-candidato Silvinho Lopes (DEM). Isso demonstra que não há aleatoriedade e sim uma "inteligência oculta" por trás desses levantamentos (teríamos um gabinete do ódio em Macaé?). Como Rezende e Lopes são os candidatos mais evidentes do jogo até agora, é normal que qualquer fabricante de notícias e pesquisas fakes os situem em primeiro lugar, para que seus factóides não destoem do senso comum. Isso serve para dois propósitos: 1 - dar aparência de verdade à mentira. 2 - Jogar sobre os candidatos que aparecem em primeiro lugar a suspeita dos disparos fakes.
Dito isso, para detectar essas impressões digitais, precisamos entender a quem beneficia essas pesquisas. Se há uma percepção popular de que Silvinho e Welberth são os protagonistas do jogo, é claro que essas pesquisas pouco fazem diferença para eles. Tanto Lopes quanto Rezende estão mais preocupados em construir alianças do que em promoção em redes sociais. Logo, pesquisas desse gênero só "acendem" pré-candidaturas que estão, por enquanto, como coadjuvantes no jogo. E está aí o bolso falso que revela o truque de mágica do ilusionismo político. Precisamos olhar não para a primeira ou a segunda, mas sim para as próximas posições nas pesquisas fakes. Veja só a primeira (lembrando que essas pesquisas são falsas e a divulgação aqui é ilustrativa:

Olhe bem para a pesquisa, que circulou entre a quarta e quinta da semana passada. Veja que essa pesquisa, habilidosamente, coloca, em evidência pessoas que, até então, não eram conhecidas como pré-candidatas a prefeito. Mas que, com o fake, ganharam o holofote. Se compararmos com notícias de blogs e páginas de redes sociais que circularam na semana, podemos ver a qual propósito a pesquisa serviu. O sincronismo é tao perfeito que é impossível acreditar em coincidência.
Após essa pesquisa, o pré-candidato, André Longobardi foi para as redes sociais reclamar, e dizer-se, o prejudicado por essa fakenews. E de fato foi: justo na semana em que ele anda por Macaé com o deputado Poubel (fenômeno das redes sociais) sai uma pesquisa dessa, colocando-o abaixo da margem de erro? Com certeza, essa "pesquisa não o beneficia e a gritaria é justificada (inclusive podemos tirá-lo da lista de suspeitos por essa divulgação). Porém, foi estranho o mesmo André não reclamar de outra pesquisa fake que foi divulgada no mesmo dia, apenas horas depois dessa; veja só:

Logo, podemos concluir que essas pesquisas favorecem mais a "candidatos virtuais" do que aos "candidatos reais". E esse método, que vemos agora, vai se intensificar daqui para a frente. Mas é bom que o eleitor fique atento não apenas ao truque, mas aos meandros do truque. Pois, tal como o mágico coloca lindas mulheres seminuas no palco para distrair a atenção da plateia, os "mágicos" políticos macaense colocaram fakes para desviar os olhos da população da realidade...