Macaé: "prisão" de comerciante é usada por extremistas para atacar ações contra o Covid-19
Se foi justa ou não, a detenção deve ser investigada. Mas afirmar que o "prefeito mandou prender é baixaria e desonestidade

No último final de semana, a condução de um comerciante à delegacia, por se negar a abaixar as portas de seu comércio (uma distribuidora de bebidas) gerou bastante polêmica. A ação, notavelmente truculenta, merece apuração da corregedoria da Prefeitura e a punição exemplar de possíveis abusos. No entanto, como diria a grande filosofa, minha avó, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Diversas páginas e grupos internet a fora estão acusando o prefeito de mandar "prender trabalhador". Uma mentira deslavada, já que essa ordem nunca foi dada de forma expressa. O que prevê, aliás, a prisão de quem se negar a obedecer à ordem direta de um agente público é o código penal, em seu artigo 330, diz o seguinte:
rt. 330 - Desobedecer a ordem legal de funcionário público: Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa. Desacato
Então, a decisão de prender ou não (na verdade o termo certo é detenção, já que a prisão só pode ser decretada por um juiz) não foi tomada pelo prefeito, mas sim pelos agentes da operação. Culpar Aluízio pela prisão, ainda que arbitrária, de um comerciante é tão desonesto quanto acusar o governador por cada morte ilegal cometida por um policial, ou culpar o presidente por cada um dos crimes de estelionato cometidos por seus subordinados, os agentes das forças armadas, que receberam ilegalmente os 600 reais do auxílio emergencial.
Posso não ser um fã do prefeito Dr. Aluízio e tenho críticas mordazes a ele (basta ler aqui no Blog quantas matérias "batem" nele). Mas, que os ataques que ele está sofrendo são baixos, covardes e desonestos, são. E outra, é notável o esforço hercúleo que ele está fazendo para salvar vidas. Inclusive a dos extremistas que hoje os atacam, sabe Deus com que interesse.
Veja o momento da detenção: