Distribuição de licenças ambientais sem critério agravou alagamentos de Macaé
Como toda zona de estuário, Macaé tem áreas que seriam naturalmente alagadas em época de chuva. Porém, de forma arbitrária (para não dizer criminosa) a Prefeitura de Macaé, durante o governo Riverton Mussi (2004-2008-2009-2012) distribuiu, indiscriminadamente um sem número de licenças ambientais para que áreas alagadiças, a maioria na região da Aroeira e Linha Verde, fossem aterradas. O que a secretaria de Meio Ambiente fez, na época, foi transformar milhares de hectares de terras não-edificáveis (porque naturalmente serviam como zonas de escoamento para água da chuva) em edificáveis. Em outra palavras, o que o governo fez foi favorecer a especulação imobiliária, permitindo que proprietários, literalmente, jogassem barro sobre os brejos da cidade.
Entre todos os crimes ambientais em Macaé esse é, sem dúvidas, um dos que mais prejudicaram a população. Basta ver como fica a Aroeira e áreas do Novo Cavaleiros de um tempo para cá, após as chuvas. Recentemente, o vereador Julinho do Aeroporto (MDB) sugeriu que a Câmara criasse uma CPI para apurar a possível venda de licenças ambientais nesta área no governo anterior. Porém, por motivos ainda desconhecidos, a proposta também foi "aterrada".
A caixa-preta das licenças ambientais precisa, urgentemente, ser aberta. Afinal, alguém ganhou muito dinheiro com a desgraça dos alagamentos na cidade.
