Distribuição de licenças ambientais sem critério agravou alagamentos de Macaé
- André Luiz Cabral
- 9 de nov. de 2018
- 1 min de leitura
Como toda zona de estuário, Macaé tem áreas que seriam naturalmente alagadas em época de chuva. Porém, de forma arbitrária (para não dizer criminosa) a Prefeitura de Macaé, durante o governo Riverton Mussi (2004-2008-2009-2012) distribuiu, indiscriminadamente um sem número de licenças ambientais para que áreas alagadiças, a maioria na região da Aroeira e Linha Verde, fossem aterradas. O que a secretaria de Meio Ambiente fez, na época, foi transformar milhares de hectares de terras não-edificáveis (porque naturalmente serviam como zonas de escoamento para água da chuva) em edificáveis. Em outra palavras, o que o governo fez foi favorecer a especulação imobiliária, permitindo que proprietários, literalmente, jogassem barro sobre os brejos da cidade.
Entre todos os crimes ambientais em Macaé esse é, sem dúvidas, um dos que mais prejudicaram a população. Basta ver como fica a Aroeira e áreas do Novo Cavaleiros de um tempo para cá, após as chuvas. Recentemente, o vereador Julinho do Aeroporto (MDB) sugeriu que a Câmara criasse uma CPI para apurar a possível venda de licenças ambientais nesta área no governo anterior. Porém, por motivos ainda desconhecidos, a proposta também foi "aterrada".
A caixa-preta das licenças ambientais precisa, urgentemente, ser aberta. Afinal, alguém ganhou muito dinheiro com a desgraça dos alagamentos na cidade.

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