Greve faz população sentir saudades do tempo em que havia vans em Macaé
Acredite se quiser, mas Macaé já teve três empresas de ônibus e duas centenas de vans fazendo o transporte público municipal. Não havia subsídio, nem terminais, nem organização. Porém, por incrível que pareça, o sistema funcionava e as pessoas jamais ficavam à pé. O Sistema Integrado de Transporte surgiu em Macaé no final do governo Sylvio Lopes (2003) para justificar o investimento de R$ 50 milhões (se hoje isso é dinheiro, imagine há 14 anos atrás) na construção de cinco terminais: Centro, Barra, Cehab, Lagomar e Lagoa. O sistema integrado na época sepultou um transporte urbano em que co-existiam as empresas Macaense, São Cristóvão, Líder e as duas cooperativas de vans, CooperAtlântico e CooperMacaé.
Esta semana, como medida paliativa à greve dos rodoviários, a Prefeitura de Macaé resolveu colocar as vans e ônibus escolares para fazer emergencialmente o transporte urbano. Para muitos, andar de van após 14 anos de Sistema Integrado de Transportes, a tarefa teve sabor de nostalgia. Afinal, quem não se lembra dos caras gritando "Aroeira, Nova Macaé, Jardim santo Antônio", ou "Barra, Cehab, Lagomar"?
A greve deve dar uma trégua esta semana e o transporte deve voltar à sua normalidade nesta sexta-feira. Porém, a paralisação traz algumas reflexões sobre o passado e á respeito do futuro. Afinal, Macaé não pode parar toda vez em que uma empresa se desentender com seus funcionários...
