Dr. Aluízio prepara mudanças para garantir seu Legado político

Sem a intenção, por enquanto, de lançar sucessor ao seu governo em 2020, o prefeito de Macaé demonstra estar mais preocupado com o que vem depois. Para tanto, o alcaide prepara uma mudança em seu governo, realinhando prioridades e preparando obras para deixar "um legado para o futuro". Portanto, nos próximos e últimos dois anos de sua gestão, o objetivo é deixar na população "um gostinho de saudade" e a percepção sobre o seu governo, caso isso dê certo, pode mudar de uma administração que apenas gerencia problemas, para um governo realizador,
A reforma do Terminal Central (que vai impactar, diretamente, mais de 50 mil usuários do sistema de transportes) é só o começo. Obras como o Arco Viário de Santa Tereza e a reforma de unidades de saúde prometem impactar positivamente a imagem do governo, mas isso não é só. Ao mesmo tempo em que as obras, finalmente, avançam, um novo pacote de austeridade deve sair das gavetas logo após as eleições. Fontes do blog indicam que secretarias "obsoletas" deverão ser cortadas junto com mais cargos comissionados. Mudanças serão percebidas ainda nos primeiros e segundo escalões do governo e nas últimas reuniões de secretariados (que acontecem à portas fechadas no Centro de Convenções) o prefeito já indicou que "cabeças vão rolar".
A própria postura do prefeito deverá mudar. Neste caso, a população não verá nada de novo, será a penas a repetição de uma "fórmula" que já deu certo num passado recente e garantiu a reeleição do prefeito com mais de 70% dos votos válidos. Haverá uma retomada às origens na política de comunicação do governo (considerada o calcanhar de Aquiles por muitos na administração). Neste caso, o prefeito apostará novamente na comunicação direta, onde ele assume o papel de porta-voz da gestão, com mais coletivas de imprensa e ampliação da participação das redes sociais. A Secretaria de Comunicação passará a atuar apenas como "agência oficial de notícias" enquanto a gestão da publicidade governamental será feita diretamente do gabinete.
É claro que todo plano encontra dificuldades e o governo, certamente, não voará em céu de brigadeiro. Dificuldades surgirão pelo caminho. O relacionamento com a Câmara, estremecido, é um dos desafios a ser superados, já que os vereadores costumam se tornar sempre mais exigentes na segunda metade de seu mandato. Outro desafio será realinhar as prioridades com os secretários que "sobrarão" das próximas mudanças. O clima de competição por espaço dentro da administração tem sido um dos maiores entraves para a máquina pública. Afinal, nenhum governo autofágico tem chances de prosperar.