Entre a mentira e a santidade, Lula se tornou um charlatão da fé

O medo de Lula ser preso não é apenas o temor de uma militância apaixonada ou de lacaios sindicais viciados em mortadela. É o medo, compartilhado por sua mais alta cúpula, de que o "Mito Lula" caia por terra com a prisão. E, certamente cairá. O povo não está com Lula. Ao contrário do que os petistas profetizaram, o apocalipse não chegou com a derrota do ex-presidente no STF. O país não parou, como os líderes de movimentos como o MST e a CUT bravatearam. E não parou porque, simplesmente, o povo de verdade, esse que vive longe do raio de influência dos militantes de esquerda, está mais ocupado em trabalhar, produzir, sobreviver. Não há tempo para paixões sem sentido ou bandidos de estimação. O povo está mais preocupado com o preço do gás do que com o líder de um partido. Lula não é maior do que o Brasil. É o Brasil que é maior do que qualquer partido, pessoa ou instituição.
Sem querer adentrar no mérito jurídico da condenação "sem provas", quero me ater tão somente à maior mentira contada pelos petistas. Tal como os líderes charlatões de igreja ou de terreiros, que são, para os seus fiés, verdadeiras santidades, Lula também é santo para os petistas e afins. Porém, tal como acontece com os charlatões religiosos, longe do templo e do terreiro, o "santo" é apenas um homem comum, é a lente do fanatismo é que o torna um ser especial, não seus atributos . Quer um exemplo? Para a grande maioria da população, o bispo Macedo é um charlatão da fé. Porém, vai falar isso com um fiel da Universal? Não importa que a televisão mostre um vídeo com o bispo ensinando os pastores a extorquir o povo. Ele continuará a ser Santo para aquela multidão de seguidores. Não é diferente com Lula.
O problema de Lula não é convencer aos petistas que ele é Santo, essa imagem já é consolidada e faz parte da cosmovisão de boa parte da esquerda brasileira. O problema é convencer a maioria da população que os fanáticos são mais numerosos do que realmente são. Quando o povo (de verdade), a mídia e as instituições perceberem que Lula é só um mito e que o "povo" que ele se refere são apenas os militantes de seus partidos, dos partidinhos satélites (como PSOL e PCdoB) e os movimentos como MST e afins, o PT virará chacota e a imagem mítica do "líder mais carismático da história" vai, finalmente cair.
O país não vai parar para defender Lula. Longe da igreja e de seus fanáticos fiéis, o sacerdote do lulismo é só um cara comum. E as ruas vão revelar isso!