Estacionamento Rotativo: uma bomba relógio prestes a explodir

Licitado no apagar das luzes do governo Riverton Mussi e, defendido na época por vereadores como Maxwell Vaz e até pela Associação Comercial, o estacionamento Rotativo de Macaé se transformou em uma verdadeira bomba relógio, difícil de ser desarmada, e prestes a explodir no colo da atual gestão. Ontem, o jornal O Diário da Costa do Sol trouxe uma denúncia sobre o sistema, que além de aplicar multas irregulares também apresenta precariedades como falta de funcionários e máquinas quebradas (leia sobre isso aqui). Porém, o problema do Rek Parking ou área azul vai muito além da cobrança ou das multas aplicada ilegalmente por seus "flanelinhas" oficiais. Para entender, vamos ao princípio da história, que já começou errada.
Para começo de conversa, até o ano de 2012, o Estacionamento Rotativo de Maca estava suspenso por tempo indeterminado após denúncias feitas pela Câmara Municipal de Macaé, através dos então vereadores Igor Sardinha e Danilo Funke. O motivo da suspensão, feita através de decreto publicado pelo Executivo, era a falta de transparência nas prestações de contas feitas pelo mesmo. Na época, o Rotativo não era operado por uma empresa, e sim por uma associação e seu lucro era rateado entre várias associações filantrópicas de Macaé. No entanto, além de não ter sido licitado, o Rotativo era uma verdadeira "caixa preta", ninguém sabia quanto arrecadava, quanto era repassado às instituições, ou seja, era uma bagunça. A única diferença para hoje, aliás, era que o ticket era vendido por funcionários do Rotativo nas ruas e nos comércios e era de papel, com dados como placas e horário de estacionamento feito à mão.
O tempo passou e, no final do governo de Riverton Mussi, Maxwell Vaz se reuniu com comerciantes que "clamaram" pela volta do Rotativo. A alegação: faltava vagas de estacionamento no centro de Macaé. Em julho de 2013, Maxwell, na época presidente da Comissão de Desenvolvimento, Indústria e Comercio da Casa convocou uma audiência pública que teve como tema a volta do Rotativo, veja o print da matéria de seu site abaixo:

Pois bem, a pressão foi tanta que a prefeitura acabou cedendo e colocando o sistema para funcionar no mesmo ano. Só que desta vez, quem exploraria o sistema seria a empresa Rek Park, que foi licitada pelo governo anterior, do qual Maxwell compunha a bancada.
Pois bem, passado o breve histórico, hoje o sistema é ineficiente e só serve mesmo para multar irregularmente o cidadão de bem. Só que desta vez, quem ganha com o Rotativo é uma empresa do Rio Grande do Sul que não dá nenhuma contrapartida ao consumidor, que estaciona, ou ao município. Além disso, o Rek Park chegou a ter as suas atividades suspensas. O motivo: nem Alvará de Funcionamento tinha (leia matéria do G1 aqui). Pois bem, a bomba está aí, armada, pronta a explodia. Resta saber de a Câmara Municipal vai ou não tomar alguma providência para desarmá-la.