O que estaria por trás das últimas greves da SIT em Macaé?

Diante às últimas greves dos operários da SIT, alegando atraso nos pagamentos a população de Macaé tem esta dúvida em mente. Afinal, estas greves seriam parte de um rebuscado complô para que a passagem voltar ao valor normal em Macaé? Nos bastidores o que se sabe é que prefeitura e SIT estão há meses numa disputa de cabo-de-guerra: de um lado a empresa alega que a prefeitura tem atrasado os subsídios que mantém a passagem. De outro, a prefeitura garante que tem cumprido suas obrigações contratuais.
Diante este impasse, este blogueiro que vos fala (ou melhor, escreve) foi atrás do contrato de concessão entre a Prefeitura e a SIT. Logo em seu parágrafo primeiro, o contrato, (que pode ser acessado aqui) garante a manutenção da passagem a R$ 1 até 2020. Logo, por força do próprio contrato de concessão, a empresa não pode, simplesmente anunciar que a passagem vai aumentar no outro dia, porque o prefeito estaria atrasando os repasses, o contrato não permite.
No entanto, a questão da concessão, apesar de ser o maior projeto social do atual governo, ainda está longe de ser pacificada, não pelo inegável benefício, mas também pela forma que ela vem sendo tocada. Uma empresa concessionária de serviço público, como a SIT, não pode atrasar pagamentos de funcionário e nem reduzir o número de ônibus nas ruas toda vez que o repasse da prefeitura atrasa. No final, o prejudicado com essa "pressão" não é o prefeito nem seus secretários (que andam de carro) e sim a população mais humilde. Justo aquela que nem pode pensar em ter qualquer aumento na passagem.