top of page

Após editor perder cargo de R$ 5 mil, jornal começa a mentir sobre a crise


Mesmo com a crise econômica que assola a região, Macaé magicamente, do dia para a noite, voltou a esbanjar dinheiro. Pelo menos é o que sugerem as últimas capas do Jornal O Debate. Na de hoje, o jornal publicou, descaradamente, que cidade registrou “excesso de arrecadação” mesmo com o município tendo arrecadado menos R$ 190 milhões apenas no último quadrimestre de 2015. Mas, porque o jornal mais antigo do município faz tanta questão de minimizar a crise em Macaé? Talvez o motivo esteja no fato de seu editor ter sido exonerado da prefeitura. Márcio Siqueira, estava nomeado, recebendo um salário de mais de R$ 5 mil, para fazer “figuração” na Secretaria de Desenviolvimento Econômico, e foi exonerado no dia 19 de fevereiro, conforme o edital anexado a esta matéria. De lá para cá, acabou o “amor” entre O Debate e a prefeitura.

É bom lembrar que o jornal O Debate enfrenta dois inquéritos na Polícia Federal por fraude em licitações e formação de quadrilha. E estava impedido de receber qualquer centavo do poder público. Medida que foi burlada com a nomeação de seu editor chefe. E o MP, naturalmente, está de olho.

Voltando ao assunto da matéria, como O Debate conseguiu “aumentar” o orçamento, ainda que ele esteja em queda. A mágica está na interpretação. No geral, a arrecadação do município vem caindo e caindo muito. Porém, dentre todo o conjunto de receitas que o município recebe (entre repasses, impostos, convênios, royalties entre outras) algumas caíram e outra aumentaram. Por exemplo, ao comparar as receitas anuais de 2014 e 2015, dados da secretaria de Fazenda revelam que a receita própria teve um crescimento de 7,55% e os royalties registraram déficit de 33,14%, com menos R$ 190 milhões para o município. Repetindo, a arrecadação própria cresceu 7,55% enquanto os royalties caíram 33,14%. Mas, no caso do Debate, o editor preferiu colocar em sua manchete apenas a parte dos 7,55% que aumentaram, ignorando a queda de 33% nos royalties, dando a entender que na cidade, o dinheito está jorrando pelo ladrão.

EM TEMPO: No lugar do Márcio, foi nomeada uma tal de Carla Cabral Mariano de Oliveira. Antes que me ataquem, já vou logo avisando que não é minha parente. Aliás, nem sei quem é.


0 comentário
bottom of page