Sindipetro reúne multidão de 30 pessoas em mega-protesto em Macaé

Na tarde desta quarta-feira, uma cena inusitada chamou a atenção. Buzinas altas, apitos e uma turma de vermelho tumultuava a principal avenida de Macaé, a Rui Barbosa. Da janeira de meu escritório, estrategicamente de frente para a avenida, espiei. Afinal, com a popularidade da Dilma em baixa e o PT descendo ladeira abaixo, não é mais comum mais ver tantos “cumpanheiros” juntos. Porém, ao espiar mais de perto a multidão, vi que não eram tantos assim. Uns 30 eu diria. Os bravos e intrépidos sindicalistas do Sindipetro-NF, gente que está disposta a dar o seu sangue pela nação e, por que não, por um belo pão com mortadela.
O levante do povo, em defesa da Petrobras, com suas 30 pessoas (o site do Sindipetro fala em duas mil, mas deixa pra lá) é o retrato de um tempo obscuro para o Brasil. Houve época em que sindicatos e movimentos sociais se levantavam em prol do povo, não em defesa dos governos. Hoje, quando se vê alguma bandeira vermelha por aí, saiba que existe algum líder petista marionetizando a multidão (cada vez menor). Não a toa, os protestos que reuniam milhares, hoje são pífios ajuntamentos de pelegos travestidos de sindicalistas.
Não quero ser injusto e afirmar que a pauta do sindicato é injusta. Porém, com tanto “protesto” convocado pelo próprio governo — alguém se lembra do “Ato em defesa do Pré-Sal”, que não passava de uma estratégia de campanha do próprio PT? — é difícil acreditar na nobreza de algum sindicato. Ainda existe gente séria no meio sindical. Talvez (eu disse Talvez), a direção do Sindipetro seja uma ilha de moralidade e boas intenções no meio de tanta lama sindical. Porém é difícil, muito difícil mesmo acreditar. Haja mortadela!